Se for a um lugar obscuro,
Uma escuridão,
Um profundo breu,
Olhe para cima,
Saia em direção a luz.
Se não pára de chover
E o céu quer desabar,
Mesmo que raios queiram atingir o crepúsculo da noite,
E a lua chore em meio a estrelas perdidas entre nuvens,
Saia em direção ao sol,
Ilumine o caminho.
Se não se arriscar a brilhar,
Seus olhos nunca vão se abrir para a claridade do
poder,
A luz que a fama pode te dar.
Por isso,
Ao atravessar uma ponte,
Veja sinais,
Verdes,
Vermelhos,
Sejam quais forem,
Siga em frente.
Quando o vento te empurrar para trás,
Siga adiante,
Use-o para jogar seus cabelos ao alto,
Desfile como nunca andou antes,
Em cima de uma passarela de cores,
Aonde aquele arco-íris monocromático vai misturar as
sombras do vermelho,
Raios de uma flor,
Uma rosa perdida em um lago sem amor,
Aquele vestido rasgado,
Que um dia pertenceu áquele teatro,
Tire-o,
Jogue-o fora junto ao pôr-do-sol,
E então, ponha mais fermento nesse fim de dia.
Brilhe como a morte, ao levar seu cachorro para passear
Em meio a cebolas que me fazem chorar.
Caia em uma gargalhada,
Um riso que não quer parar,
Que não quer limpar de seu rosto a maquiagem suja
De uma mãe que não pode mais amar...
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