01 agosto 2013

Acostume-se (Imaginarium)


Se for a um lugar obscuro,

Uma escuridão,

Um profundo breu,

Olhe para cima,

Saia em direção a luz.



Se não pára de chover

E o céu quer desabar,

Mesmo que raios queiram atingir o crepúsculo da noite,

E a lua chore em meio a estrelas perdidas entre nuvens,

Saia em direção ao sol,

Ilumine o caminho.



Se não se arriscar a brilhar,

Seus olhos nunca vão se abrir para a claridade do poder,

A luz que a fama pode te dar.



Por isso,

Ao atravessar uma ponte,

Veja sinais,

Verdes,

Vermelhos,

Sejam quais forem,

Siga em frente.



Quando o vento te empurrar para trás,

Siga adiante,

Use-o para jogar seus cabelos ao alto,

Desfile como nunca andou antes,

Em cima de uma passarela de cores,

Aonde aquele arco-íris monocromático vai misturar as sombras do vermelho,

Raios de uma flor,

Uma rosa perdida em um lago sem amor,

Aquele vestido rasgado,

Que um dia pertenceu áquele teatro,

Tire-o,

Jogue-o fora junto ao pôr-do-sol,

E então, ponha mais fermento nesse fim de dia.



Brilhe como a morte, ao levar seu cachorro para passear

Em meio a cebolas que me fazem chorar.



Caia em uma gargalhada,

Um riso que não quer parar,

Que não quer limpar de seu rosto a maquiagem suja

De uma mãe que não pode mais amar...

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